Esta pesquisa investiga as condições gramaticais e lexicais em que se realizam os verbos de destruição do português do Brasil e busca estabelecer uma classe regular desses verbos. O trabalho de pesquisa visa ao mapeamento da classe, à descrição detalhada de suas condições de realização linguística, à observação dos padrões de realização sintática e semântica, como é o caso da estrutura argumental, e à delimitação da classe. Esse trabalho inscreve-se no escopo das pesquisas em semântica lexical e tem como referencial básico os estudos de Grimshaw, de Levin e de Levin e Rappaport-Hovav. A pesquisa está em andamento com: a coleta dos dados cuja função é atestar a realização linguística dos verbos em cada contexto gramatical definido para teste; essas ocorrências identificadas são submetidas aos testes de propostas de padrões sintáticos e semânticos; uma vez realizados os testes, são contrastados os seus resultados, considerando que as alternâncias pesquisadas são: alternância causativa-incoativa, alternância de adjunto adnominal locativo, alternância transitiva/média, alternância sujeito instrumento; por fim, será desenvolvida a análise dos resultados e a formalização de uma proposta de estabelecimento da classe em tela, expandindo-a para além do grupo de controle. O grupo de controle é composto por 10 verbos e foi definido de acordo com o conteúdo semântico básico da classe, respeitados os traços semânticos relativos à perspectiva de destruição do objeto: ‘passar da existência para a não existência’. Os padrões gramaticais anteriormente citados foram estendidos em testagem de mais de 30 verbos pertencentes à classe dos verbos de destruição e, no que se identificou, o comportamento da classe é regular. Entretanto, continuamos na etapa de análise contrastiva dos resultados. Trabalho financiado pelo Edital nº 168/UFFS/2011.
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