Neste estudo, testamos três hipóteses divergentes sobre a eficácia da exposição pedagógica a unidades linguísticas que seguem uma sequência desenvolvimental (SD). Enfocamos na aquisição do inglês como língua estrangeira/segunda língua (L2), e investigamos o aprendizado das seguintes SDs: encontros consonantais iniciados em /s/ em início de palavra (sC; ex., /st/ em stop ‘pare’ – 1a) e (2) codas de final de palavras (codas; ex., /p/ em stop – 1b). Essas SDs são adquiridas nas seguintes sequências (onde “>” representa “adquirido antes de”): (1) Sequência desenvolvimentais na aquisição de sC e codas em inglês L2:
1a. sC: /sl/ > /sn/ > /st/ (ex., Carlisle, 2006)
1b. Codas: /t, d/ > /p, b/ > /k, g/ (ex., Lombardi, 2001)
O Modelo de Projeção de Marcação (Zobl, 1985) prevê que um foco instrutivo em estruturas avançadas ou marcadas (ex., /st/) leva ao aprendizado de estruturas mais fáceis ou não marcadas. A Hipótese da Ensinabilidade (Pienemann, 2005), em contraste, prevê que o ensino deve respeitar a “ordem natural” de aquisição dos aprendizes, avançando do mais fácil ao mais difícil ou marcado. A Abordagem Mixta (Shirai, 1997) defende a exposição a todas as unidades que compreendem uma dada DS. Vários níveis de suporte a essas três propostas são encontrados em estudos de morfossintaxe, mas, no nosso conhecimento, nenhum estudo comparou essas três hipóteses, e nenhum investigou a aquisição de DS sob uma perspectiva fonológica.
Para testar essas hipóteses, 90 falantes nativos de português brasileiro (um língua desprovida de sC e codas) praticaram a produção e percepção das formas sC e codas em um idioma artificial (Taki) criado para o estudo, durante o período de um mês. Os participantes foram divididos aleatoriamente em três grupos experimentais correspondentes às três hipóteses acima, contrabalançados de acordo com as unidades fonológicas relevantes e o tipo de exposição a essas formas.
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